No primeiro bimestre, o dado mais recente disponível, houve retração de 11% nos volumes de fertilizantes entregues aos agricultores brasileiros para todas as lavouras em relação a igual período de 2021, segundo dados da Anda.
“O mundo mudou, não é como antes, tem um sinal amarelo ligado”, afirma Tortorella, fazendo referência às incertezas geopolíticas no mercado provocadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Apesar disso, ele diz que o setor está conseguindo atender a demanda, mas não no ritmo desejado.
Hoje o Brasil produz só 15% dos fertilizantes que consome. O Plano Nacional de Fertilizantes, recentemente lançado, só vai começar a ter efeitos na oferta no longo prazo. Esses fatores contribuem para um cenário incerto de preço dos adubos no curto prazo.
Em resposta ao aumento de custos de insumos e ao juro mais elevado para o custeio da próxima safra, o gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, Guilherme Belotti, acredita que os agricultores vão reduzir o ritmo de expansão da área plantada de grãos. “O produtor deve ficar mais cauteloso”, diz, lembrando que nas duas últimas safras houve avanços significativos. Para ele, por mais que os preços das commodities estejam elevados, as margens de ganho dos produtores devem ser achatadas em razão dos aumentos de custos.
Fonte: Terra